terça-feira, 12 de novembro de 2013

Complexo de Édipo


O complexo de Édipo foi escrito por Freud a partir do mito. É a fase fálica que ocorre por volta dos 3 anos de idade. No menino há a fantasia que ele deseja ter a mãe apenas para si. E devido a este desejo, o pai se torna seu rival. Contudo, porque ele tem medo de perder o pênis (pois o pai tem um pênis maior do que o dele), ele abandona a mãe na esperança de no futuro encontrar uma substituta para a mesma. Com a menina, o complexo de Édipo se dá da seguinte maneira: quando ela percebe que não tem um pênis, ela vai em busca de um. O mais disponível é o do pai. A partir do desejo de possuir o pênis do pai, a menina sofre ameaças da mãe. Todavia, como ela já não tem pênis, ela não teme a figura materna. Então ela espera que o pai lhe dê um pênis; e cabe ao pai fazer a recusa de forma que ela entenda que ele não está disponível para ela e então arrume um substituto para o pai. O desejo de obter o elemento do sexo oposto e, ao mesmo tempo, a vontade de livrar-se do rival do mesmo sexo gera sensações ambivalentes de amor e ódio. (Wally Martins)


Gestalt

Em um conhecido soneto, o poeta barroco Gregório de Matos afirma que
O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo.
Teorizando (e deleitando-se) com o típico jogo de ideias da estética barroca, o poeta baiano postula que o todo depende das suas diversas partes, enquanto cada parte, já que necessária para a constituição do todo, é, individualmente, um todo. Num raciocínio cerrado, o texto atrela o todo às partes e sugere a possibilidade do conhecimento do todo pelas suas partes. Estamos em pleno século XVII, a Escolástica foi reativada, Deus é a Razão explicativa de todas as coisas, a totalidade do mundo. E quem colocar o dogma em questão pode virar petisco na fogueira da Inquisição. Freud, a Psicologia e as divergências entre tantas teorias ainda não haviam surgido.
O pensamento tradicional baseava-se na tese de que a Psicologia teria por objeto a identificação de todos os tipos de sensações e sua descrição para, a partir daí, explicar como se organizam os complexos que formam os fenômenos psicológicos. A tese mais aceita era a de que as associações se estabeleciam por contiguidade das sensações e se reforçariam pelas repetições.
Essa doutrina, no entanto, começou a ser contestada quanto à sua exatidão. Foi nesse contexto que, por volta de 1890, em um estudo pioneiro do psicólogo austríaco Christian von Ehrenfels, surgiu a teoria da GESTALT, que reagia contra o elementarismo associacionista dos filósosfos empíricos Locke, Berckeley e Hume.
GESTALT é um termo de origem alemã, sem correspondência exata em Português, formado a partir do substantivo feminino gestalt, que significa, etimologicamente, “figura (humana), forma, configuração”. Encerra o sentido do que se dá ao olhar, aquilo que é colocado diante dos olhos, “uma entidade concreta e individual que existe como algo destacado e que tem uma forma ou configuração como um de seus atributos”.
Ehrenfels demonstrou, por meio de seus estudos, que uma forma é mais que a mera soma de suas partes.
Ou seja, a soma de A com B não resulta em A+B, mas sim em C, que é algo mais que a somatória das duas partes.
Agora observe as imagens,,,


O que você consegue ver nessas imagens??
Disponivel em: http://cpv.com.br/blog/index.php/gestalt/#sthash.HoH5wlTh.dpuf